INTERNACIONAL – C20, L20 e W20 unidos em carta ao G20: sociedade civil cobra ação para reestruturação e fim da violência no Haiti.

No último dia da Cúpula do C20, os grupos de engajamento do G20 Social – C20, L20 e W20 – uniram forças para redigir uma carta direcionada aos líderes dos países do grupo, expressando preocupações com a violência e instabilidade política no Haiti. O documento ressalta os impactos suportados pela população haitiana e cobra da comunidade internacional um compromisso com um futuro pacífico no país caribenho, onde os direitos humanos sejam respeitados.

Durante a apresentação da carta, realizada na quarta-feira (13), foi destacada a destruição causada pelo furacão de 2010 e a escalada de violência constatada desde março deste ano no Haiti. O deslocamento de 700 mil haitianos foi mencionado como um dos fatores que ameaça o direito à vida no país. Além disso, houve preocupações quanto às violações dos direitos à saúde sexual e reprodutiva de mulheres e meninas.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), cerca de 35.000 haitianos fugiram de suas casas até o início de 2024. O Haiti, que já sofre severamente com os impactos das mudanças climáticas, enfrenta desafios adicionais, incluindo insegurança alimentar. A situação é preocupante, e a comunidade internacional é instada a se comprometer com um futuro pacífico para o país.

O Brasil, que atualmente preside o G20, recebe a Cúpula dos Líderes do G20 nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. A presidência brasileira inovou ao integrar à agenda oficial do G20 Social a programação dos grupos de engajamento, visando promover um diálogo mais amplo entre governos e organizações sociais.

A carta redigida pelos grupos C20, L20 e W20 cobra uma postura firme dos líderes do G20 em relação à situação no Haiti, incluindo a reestruturação do país e a proteção imediata de mulheres e crianças contra qualquer forma de violência. Os signatários alertam que a pobreza e instabilidade do Haiti são fruto de décadas de colonialismo e vulnerabilidades climáticas, e que a comunidade internacional deve demonstrar um compromisso sólido com um futuro pacífico, respeitando e protegendo os direitos humanos, econômicos e ambientais no país.

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