Os jornalistas tiveram acesso livre para percorrer o interior do hospital, e após a investigação, constataram que não havia qualquer bunker do Hezbollah no local. O repórter Mohamad Chreyteh da DW afirmou que durante a estadia no hospital não foi avistada nenhuma estrutura suspeita, destacando que, mesmo em meio aos constantes sobrevôos de caças israelenses, não foram encontrados vestígios do suposto bunker.
Essas acusações levaram ao esvaziamento do hospital, com equipes médicas e pacientes sendo retirados por medo de possíveis bombardeios. O incidente remete à situação vivenciada na Faixa de Gaza, onde Israel atacou hospitais sob a justificativa de que estariam escondendo militantes palestinos da resistência.
A jornalista da BBC, Orla Guerin, também visitou o Hospital Al-Sahel e corroborou a informação de que não foram encontradas estruturas suspeitas no local. Ela destacou que todas as áreas do hospital foram abertas para os jornalistas, inclusive o necrotério, evidenciando que não havia nenhum bunker do Hezbollah no local.
Em contrapartida, o porta-voz do Exército de Israel, Nadav Shoshani, alegou que os jornalistas estavam procurando no local errado e que a entrada para o bunker estaria em um prédio comercial próximo ao hospital. No entanto, mesmo após uma investigação nesse segundo local, também não foram encontradas evidências que corroborassem a acusação de Israel.
Diante disso, o caso levanta questionamentos sobre a veracidade das alegações de Israel e a tensão política na região, evidenciando a importância do jornalismo independente na busca pela verdade e transparência nos eventos internacionais.