Padilha mencionou parcerias já estabelecidas com nações como China e Índia, enfatizando a produção de insulina humana e a criação de medicamentos para o tratamento da tuberculose como exemplos do que pode ser alcançado. Ele ressaltou que o Brasil, após um período em que a produção de insulina havia sido descontinuada, voltou a fabricar o produto. Essa revitalização não apenas assegura que o país tenha acesso a medicamentos vitais, mas também diminui a dependência externa em relação a insumos de saúde.
Além dos aspectos produtivos, essa parceria representa um importante posicionamento político do Brics diante de recentes posturas de países como os Estados Unidos, que têm demonstrado ceticismo em relação a organizações internacionais de saúde. “Atualmente, assistimos a líderes criticando a Organização Mundial de Saúde e reduzindo seu financiamento, além de desincentivarem a vacinação e se retirarem de coalizões globais de produtores de vacinas”, afirmou Padilha, enfatizando que, por outro lado, os países do Brics estão reafirmando a importância da saúde e da vida.
Em um desdobramento promissor, o Brasil apresentou um projeto ao Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como NDB, solicitando um investimento de R$ 1,5 bilhão para a criação de um instituto tecnológico de medicina inteligente, em parceria com a China. A iniciativa propõe a construção de um hospital equipado com tecnologias avançadas, que será um modelo a ser replicado em unidades de terapia intensiva em todo o país. Essa abordagem inovadora poderá ser um divisor de águas para a saúde pública brasileira, apostando na integração de tecnologia e medicina para melhorar os serviços de saúde.