INTERNACIONAL – BRICS Condena Ataques a Instalações Nucleares do Irã e Defende Diálogo para Resolução do Conflito no Oriente Médio



Na última terça-feira, o grupo conhecido como Brics emitiu um comunicado conjunto expressando sua condenação aos ataques a instalações nucleares no Irã, que começaram no dia 13 de junho de 2025. O bloco, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, enfatizou que tais ações representam uma violação das normas do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, contribuindo para a escalada da tensão na segurança do Oriente Médio.

Os membros do Brics manifestaram sua profunda preocupação em relação aos ataques perpetrados contra instalações nucleares de caráter pacífico, ressaltando que estas ações infrigem tanto o direito internacional quanto as resoluções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Segundo a declaração, é de suma importância que as medidas de salvaguardas, segurança e proteção nuclear sejam sempre respeitadas, inclusive em tempos de conflito, para salvaguardar a população e o meio ambiente. Além disso, o grupo reiterou seu apoio a iniciativas diplomáticas que possam ajudar a resolver os desafios regionais.

Nesse sentido, o Brics defende a criação de uma zona livre de armas nucleares e outros armamentos de destruição em massa no Oriente Médio, em conformidade com resoluções internacionais. O bloco também fez um chamado à comunidade internacional para fomentar um diálogo que busque uma solução pacífica para as controvérsias, considerando que a escalada das tensões pode ter consequências imprevisíveis para a paz e segurança globais e para a economia mundial.

Recentemente, o conflito teve início após acusações de Israel de que o Irã estaria próximo de desenvolver armas nucleares. No dia 13 de junho, Israel lançou um ataque surpresa ao país, exacerbando a guerra na região. Dias depois, os Estados Unidos atacaram três usinas nucleares iranianas, criando um cenário de incertezas e alarma.

O Irã, por sua vez, assegura que seu programa nuclear é destinado apenas a fins pacíficos e que estava em processo de negociação com os EUA para garantir o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. No entanto, a AIEA expressou preocupações sobre a conformidade do Irã com suas obrigações, embora não tenha encontrado provas concretas de que o país estivesse desenvolvendo uma bomba atômica.

A tensão se intensificou ainda mais quando, na noite de segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um cessar-fogo entre Israel e Irã. Contudo, os combates continuaram. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que as forças de seu país conseguiram eliminar a ameaça de um programa nuclear iraniano, enquanto o Irã negou ter aceitado os termos do acordo, embora tenha prometido suspender as hostilidades. A situação permanece volátil, deixando no ar uma série de questões sobre o futuro das relações internacionais na região.

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