O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, lamentou a situação em coletiva de imprensa, explicando que as autoridades israelenses haviam prometido que os brasileiros sairiam naquela manhã. No entanto, devido à prioridade dada à saída das ambulâncias com feridos graves da Faixa de Gaza, a passagem não foi aberta para o grupo.
Essa não é a primeira vez que os brasileiros enfrentam esse tipo de obstáculo. Segundo Vieira, nos últimos dias, a passagem já havia sido adiada devido à impossibilidade de passarem as ambulâncias. O grupo, composto por 24 brasileiros, sete palestinos em processo de imigração e três familiares próximos, teve que retornar para os abrigos de Rafah e Khan Yunis, localidades próximas à fronteira com o Egito.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o ministro Vieira, tem sido ativo nesse processo, tendo telefonado quatro vezes para o chanceler israelense ao longo do mês. Além disso, houve conversas com autoridades do Egito e da Palestina na tentativa de agilizar a saída dos brasileiros de Gaza.
Apesar de um erro inicial na elaboração da lista de autorizados a deixar a Faixa de Gaza, o ministro garantiu que o problema foi corrigido e que todos os brasileiros e palestinos em processo de imigração estão na lista. No total, são 34 pessoas, incluindo 18 crianças, 10 mulheres e seis homens.
De acordo com Vieira, o governo brasileiro continua trabalhando incansavelmente para resolver a situação e espera que os brasileiros deixem Gaza o mais rápido possível. Com a incerteza sobre a próxima tentativa de saída, o grupo segue aguardando em meio ao conflito no Oriente Médio em busca de uma solução para seu retorno ao Brasil.