INTERNACIONAL – Brasil Rejeita Sanções dos EUA e Defende Soberania Judicial em Encontro entre Chanceler e Secretário de Estado Americano

Na última quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, teve um encontro significativo com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Washington. Este encontro ocorreu em um momento delicado, logo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter assinado uma ordem executiva que impõe uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados. Embora essa medida tenha gerado grande preocupação, uma extensa lista de quase 700 exceções foi elaborada, envolvendo diversos produtos que ficarão isentos desse novo tributo.

Após a reunião, Vieira fez um pronunciamento na Embaixada do Brasil, em que reprovou a ingerência dos EUA nos assuntos internos do Brasil, especialmente em relação ao sistema judiciário. Ele destacou que a pressão externa não influenciará a independência das decisões judiciais do Brasil, referindo-se ao processo judicial que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro. O chanceler sublinhou que o poder judiciário brasileiro é independente e que o governo do país se reserva o direito de tomar ações em resposta às medidas adotadas por Washington.

Vieira, que já se encontrava nos Estados Unidos para outras compromissos, afirmou que retornará ao Brasil ainda na quarta-feira para relatar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva os resultados das reuniões. As estratégias a serem adotadas pelo governo brasileiro frente às tarifas impostas serão definidas em conjunto com as lideranças do país.

Paralelamente, o governo dos EUA anunciou sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky, que visa punir alegados violadores de direitos humanos. Essa medida inclui o bloqueio de bens e empresas dos alvos da sanção nos Estados Unidos.

No final da tarde, o presidente Lula convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto para discutir o impacto dessas sanções e tarifas. Estavam presentes na reunião importantes figuras do governo, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin e outros ministros de destaque. Até o momento, a Advocacia Geral da União (AGU) foi a primeira a se manifestar publicamente, criticando as sanções impostas aos membros do judiciário brasileiro.

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