Durante um pronunciamento à imprensa, Haddad destacou que tanto o Brasil quanto os Estados Unidos estão comprometidos em liderar iniciativas consistentes para impulsionar a transição energética em várias frentes. Enfatizou que essa parceria serve como um exemplo diplomático para todo o mundo, especialmente em tempos de grandes tensões geopolíticas. “É um passo essencial para construir um mundo melhor de forma cooperativa”, declarou o ministro.
O evento bilateral fez parte das atividades paralelas da 3ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais, dentro da Trilha de Finanças do G20. Haddad explicou que a parceria focará em finanças sustentáveis, na articulação de cadeias produtivas em torno de energia limpa e na reforma de organismos multilaterais para acelerar o financiamento da transição energética. O ministro demonstrou otimismo, acreditando que as diretrizes resultariam rapidamente em ações concretas e destacou a importância do envolvimento do setor privado na busca por um futuro verde.
Janet Yellen, por sua vez, sublinhou a urgência da questão climática, lembrando das recentes tragédias relacionadas às mudanças climáticas, como as enchentes no Rio Grande do Sul que deixaram centenas de mortos e milhares de desabrigados. “Foi uma das muitas recentes tragédias que revelam a grande ameaça das mudanças climáticas e a perda da natureza e da biodiversidade”, disse Yellen.
A Secretária do Tesouro apontou que o Brasil colocou a mudança climática no centro da agenda durante a presidência do G20, perseguindo esforços ambiciosos como a criação de fundos de financiamento contra as mudanças climáticas. Ela ressaltou ainda a importância de fortalecer a coordenação para acabar com o financiamento ilícito de crimes contra a natureza. Yellen destacou os “profundos laços” entre os dois países, mencionando que essa parceria pode trazer benefícios não só para as economias das Américas, mas também para a economia global.
A parceria pelo clima está estruturada em quatro pilares principais: cadeias de produção de energia limpa, mercados de carbono de alta integridade, finanças da natureza e da biodiversidade, e fundos climáticos multilaterais. O Brasil foi citado como um exemplo mundial na geração de energia limpa, com mais de 90% de sua geração elétrica livre de carbono. O documento bilateral menciona que o país está em uma posição privilegiada para mostrar como mercados emergentes e economias em desenvolvimento podem contribuir significativamente para mitigar os efeitos da mudança climática, conservar a natureza e a biodiversidade, enquanto promovem desenvolvimento social e aumentam a produtividade.
Esta aliança não só reforça a relação entre os dois países, mas também marca um compromisso conjunto em enfrentar um dos maiores desafios globais atuais, proporcionando uma estrutura robusta para um futuro sustentável.
