INTERNACIONAL – Brasil destaca defesa da democracia e crítica a sanções em discurso de Lula na ONU, abordando temas como pobreza, migração e crise climática.

Na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada em Nova York, o Brasil teve a honra de abrir a sessão com um discurso proferido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante aproximadamente 18 minutos, Lula abordou uma série de temas cruciais, tanto de ordem interna quanto externa, refletindo sobre a situação política mundial e os desafios enfrentados pelo Brasil.

Um dos pontos centrais da fala do presidente foi a crítica a sanções unilaterais, especialmente referindo-se à política externa dos Estados Unidos. Ele enfatizou o aumento do autoritarismo global e a erosão do multilateralismo, apontando que a autoridade da ONU está sob pressão. Lula apontou que o mundo está se direcionando para uma desordem internacional marcada pela violação da soberania e por intervenções políticas arbitrárias.

O presidente também fez referência ao recente julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, pela primeira vez na história do país, foi condenado por ações que ameaçaram a democracia. Segundo Lula, não pode haver pacificação enquanto houver impunidade. Ele destacou que a soberania do Brasil é inegociável e que a democracia deve ser defendida com vigor. Ao afirmar que democracias sólidas vão além do simples ato eleitoral, Lula promoveu um discurso que abrangeu a necessidade de combater desigualdades existentes, especialmente aquelas que afetam as mulheres e os migrantes.

Em outro trecho, o presidente falou sobre as chamadas Big Techs, reconhecendo seus potenciais benefícios e riscos. Mencionou que o Brasil recentemente aprovou uma legislação avançada para proteger crianças e adolescentes na Internet, reforçando a ideia de que uma democracia eficaz é medida pela segurança das suas famílias.

Um dos momentos mais impactantes da fala foi a condenação do que Lula chamou de “genocídio em Gaza”. Ele sublinhou que, apesar dos atos de violência do Hamas, isso não justifica a devastação das vidas civis palestinas e pediu ao mundo que reconheça a Palestina como um Estado.

Por fim, Lula trouxe à tona a questão ambiental, solicitando que a mudança climática fosse colocada no centro das discussões da ONU. Ele propôs a criação de um conselho para monitorar as ações climáticas globais, destacando a urgência do combate ao aquecimento global. O clima está em foco, principalmente com a COP30 em Belém, no Brasil, que promete ser um marco para o compromisso global com o futuro do planeta.

O discurso de Lula não apenas enfatizou a posição do Brasil em relação a várias questões globais, mas também reafirmou seu compromisso com valores humanistas, refletindo sobre as perdas recentes de líderes que encarnaram esse ideal. No encerramento, fez um apelo à ação e à coragem para transformar o futuro em um lugar melhor, destacando que a mudança depende das escolhas que fazemos diariamente.

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