INTERNACIONAL – Brasil condena ações dos EUA contra a Venezuela e propõe diálogo entre os países para evitar conflito na América do Sul.

Na última terça-feira, durante uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o embaixador do Brasil, Sergio Danese, levantou uma questão crítica ao condenar as ações militares dos Estados Unidos contra a Venezuela. O representante brasileiro não hesitou em apontar que as intervenções norte-americanas violam a Carta das Nações Unidas e, portanto, devem ser encerradas de forma imediata e incondicional. Danese enfatizou que é fundamental que todas as negociações entre as nações da região sejam conduzidas por meio de canais políticos e jurídicos, que são amplamente disponíveis para resolver disputas de maneira pacífica.

O embaixador brasileiro fez um apelo para que tanto os Estados Unidos quanto a Venezuela se engajem em um diálogo genuíno, nos moldes de uma negociação pautada pela boa-fé e desprovida de qualquer forma de coerção. Ele destacou a disposição do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em intermediar discussões entre as duas potências, reafirmando o apoio do Brasil a quaisquer movimentos do secretário-geral da ONU que visem a promover a paz e a estabilidade na região.

Danese também ressaltou que a América do Sul tem um forte compromisso com a paz e que esse ideal deve ser preservado, respeitando o direito internacional e fomentando boas relações entre as nações vizinhas. Para o embaixador, a manutenção da paz não é apenas um interesse local, mas uma preocupação que deve envolver toda a comunidade internacional. Ele argumentou que um conflito na América Latina teria repercussões que poderiam se estender a um nível global, tornando a questão ainda mais urgente.

As tensões na região foram amplificadas pelas ações da administração do presidente Donald Trump, que têm como objetivo a remoção do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a quem os Estados Unidos acusam de liderar um cartel criminoso. Nos últimos dias, ameaças de intervenção militar têm gerado preocupação não apenas no âmbito diplomático, mas também entre os cidadãos da América Latina que veem na instabilidade um risco claro ao futuro da região.

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