O Hamas, em pronunciamento recente, confirmou o que muitos esperavam: o fim das hostilidades, inaugurando, assim, um cessar-fogo permanente na região. O Brasil destacou o papel fundamental dos Estados Unidos e reconheceu a importância da atuação de outros mediadores, como Catar, Egito e Turquia, no processo de pacificação.
Em seu comunicado, o governo brasileiro instou Israel e o Hamas a se comprometerem genuinamente com as negociações, a fim de assegurar a retirada total das forças israelenses de Gaza, a inicie de um processo urgentíssimo de reconstrução da região sob supervisão palestina e a restauração da unidade política e geográfica da Palestina. O presidente nacional destacou o direito inalienável do povo palestino à autodeterminação, um princípio que deveria estar no centro das discussões.
O Itamaraty também ressaltou que, se o acordo for implementado de forma efetiva, ele poderá interromper os ataques israelenses que, até o momento, deixaram mais de 67 mil mortos e deslocaram cerca de dois milhões de pessoas, além de causar devastação sem precedentes na região. O comunicado também aborda a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos, o acesso irrestrito de ajuda humanitária e a retirada das tropas israelenses, criando assim condições propícias para a reconstrução de Gaza, com o suporte da comunidade internacional.
O governo brasileiro reiterou a importância de garantir alívio efetivo para a população civil e pediu acesso imediato e seguro a grupos humanitários e das Nações Unidas que operam no local. Para o Brasil, uma paz justa e duradoura no Oriente Médio depende da implementação da solução de dois Estados, na qual uma Palestina independente e viável conviveria pacificamente com Israel, dentro das fronteiras definidas em 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital.