Após o enfraquecimento das negociações, que buscavam uma nova trégua entre Israel e o grupo palestino Hamas, na última semana no Egito, foram relatados ataques aéreos, bombardeios de artilharia e combates em toda a região. A situação se intensificou, e os militares israelenses determinaram que os moradores de Al-Bureij, no centro de Gaza, se mudassem imediatamente para o sul, indicando um novo foco do ataque terrestre.
O governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, tem prometido eliminar o Hamas, grupo militante que governa Gaza, em retaliação a um ataque lançado por seus combatentes no sul israelense em 7 de outubro. O governo israelense atribuiu 1.200 mortes e 240 reféns ao ataque.
A escalada de mortes tem gerado críticas internacionais, inclusive por parte dos Estados Unidos, tradicional aliado de Israel. Relatos do Ministério da Saúde de Gaza indicam que 20.057 palestinos foram mortos e mais de 53.000 ficaram feridos nos ataques israelenses desde outubro.
Por outro lado, os militares israelenses têm lamentado as mortes de civis, mas culpam o Hamas, apoiado pelo Irã, por operar em áreas densamente povoadas ou usar civis como escudos humanos, alegações que o grupo nega. Israel afirma que 140 de seus soldados foram mortos desde que lançou a incursão terrestre em Gaza.
Em relação às negociações, os esforços têm se concentrado em evitar o veto dos EUA a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, que exigiria que Israel e o Hamas permitissem o uso de todas as rotas para a entrega de ajuda humanitária. Entretanto, a votação do Conselho de Segurança foi adiada novamente para esta sexta-feira, após uma série de adiamentos.
Uma pausa humanitária entre 24 de novembro e 1º de dezembro contribuiu para aumentar as entregas de ajuda para Gaza. Contudo, ainda assim, a situação foi descrita como crítica em relação à fome, e o risco só aumenta diariamente. Além disso, a trégua resultou na libertação de mais de 100 reféns mantidos pelo Hamas desde outubro, e a libertação de 240 palestinos de prisões israelenses.
Enquanto líderes do Hamas estiveram no Cairo para negociações, não houve avanços significativos. Os esforços de mediação continuam, mas não foram divulgados maiores detalhes. A situação permanece tensa e, com o crescente número de mortes e feridos, a comunidade internacional segue atenta às ações na região.