A inviolabilidade das missões diplomáticas é um princípio básico que foi citado pela diplomacia brasileira na nota, destacando a responsabilidade do país anfitrião em garantir a proteção ao pessoal da missão e suas instalações. O governo brasileiro expressou confiança de que o governo congolês tomará as medidas necessárias para controlar a situação e garantir a segurança das representações estrangeiras.
Durante o ataque à embaixada brasileira, a bandeira do Brasil foi retirada e levada pela multidão, em um momento de tumulto e violência na região. A situação é parte de um contexto mais amplo de conflitos e disputas no país, com destaque para a região de Goma, no extremo leste da RDC, onde o grupo M23 tomou controle do aeroporto da cidade.
Esse conflito, que já perdura há três décadas, é marcado por disputas pelo controle dos recursos minerais do país, com destaque para minerais essenciais utilizados na fabricação de celulares e baterias para veículos elétricos. A situação atual é considerada a maior escalada desde 2012 e tem gerado preocupações internacionais, levando o Conselho de Segurança da ONU a pedir o fim da ofensiva do grupo M23 e a necessidade de uma solução política para o conflito.
A mediação liderada pela União Africana, com o presidente de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, como mediador, tem sido apontada como crucial para alcançar uma solução pacífica e duradoura. O apoio internacional à negociação entre RDC e Ruanda é fundamental para estabelecer a paz na região e evitar uma escalada ainda maior dos conflitos.
