INTERNACIONAL – Ataques a embaixadas estrangeiras em Kinshasa, RDC, levam preocupação ao Brasil; situação pode agravar conflito mineral na região.

Na última terça-feira (28), a capital da República Democrática do Congo (RDC), Kinshasa, foi palco de ataques a diversas representações diplomáticas estrangeiras, incluindo a Embaixada do Brasil. O Itamaraty divulgou uma nota manifestando sua preocupação com a situação e informando que os funcionários da embaixada brasileira estão bem, apesar da gravidade dos acontecimentos.

A inviolabilidade das missões diplomáticas é um princípio básico que foi citado pela diplomacia brasileira na nota, destacando a responsabilidade do país anfitrião em garantir a proteção ao pessoal da missão e suas instalações. O governo brasileiro expressou confiança de que o governo congolês tomará as medidas necessárias para controlar a situação e garantir a segurança das representações estrangeiras.

Durante o ataque à embaixada brasileira, a bandeira do Brasil foi retirada e levada pela multidão, em um momento de tumulto e violência na região. A situação é parte de um contexto mais amplo de conflitos e disputas no país, com destaque para a região de Goma, no extremo leste da RDC, onde o grupo M23 tomou controle do aeroporto da cidade.

Esse conflito, que já perdura há três décadas, é marcado por disputas pelo controle dos recursos minerais do país, com destaque para minerais essenciais utilizados na fabricação de celulares e baterias para veículos elétricos. A situação atual é considerada a maior escalada desde 2012 e tem gerado preocupações internacionais, levando o Conselho de Segurança da ONU a pedir o fim da ofensiva do grupo M23 e a necessidade de uma solução política para o conflito.

A mediação liderada pela União Africana, com o presidente de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, como mediador, tem sido apontada como crucial para alcançar uma solução pacífica e duradoura. O apoio internacional à negociação entre RDC e Ruanda é fundamental para estabelecer a paz na região e evitar uma escalada ainda maior dos conflitos.

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