Alckmin enfatizou a importância do diálogo e das relações internacionais saudáveis, mencionando um encontro recente entre os dois líderes na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Durante essa ocasião, Trump expressou sua simpatia por Lula, referindo-se a ele como um “homem muito agradável” e evidenciando uma “química excelente” entre ambos, o que pode facilitar futuras negociações. Um encontro bilateral entre os presidentes está em pauta para a próxima semana, embora não esteja claro se será realizado pessoalmente ou por meio de uma chamada.
O tarifaço, implementado em agosto, é visto por Alckmin como desproporcional, já que o Brasil possui uma tarifa média de importação de apenas 2,7% para produtos dos Estados Unidos, com a maioria dos itens importados não enfrentando taxas. Apesar das tensões comerciais, ele deixou claro que ainda há espaço para conversas sobre tarifas que podem incluir, potencialmente, a redução das taxas sobre o etanol americano.
Entretanto, Trump tem adotado uma postura protecionista, visando proteger a indústria americana e justificar tarifas elevadas sob a alegação de que os EUA estão em desvantagem comercial. O Brasil, junto com outros países, sente os efeitos dessa política protecionista, com o tarifaço impactando um terço de suas exportações para os EUA. Em agosto, as vendas de produtos afetados pela tarifa caíram significativamente, evidenciando o impacto econômico dessas taxas.
A relação entre os dois países é histórica, com 201 anos de laços diplomáticos, o que torna a situação atual ainda mais relevante. A busca por soluções amigáveis e negociações abertas se torna imprescindível para diminuir as divergências comerciais e restaurar o equilíbrio nas trocas bilaterais.