INTERNACIONAL – Alckmin: “Boa Química” entre Lula e Trump pode Resolver Desafio do Tarifaço Norte-Americano Impondo Taxas de até 50% nas Exportações Brasileiras.

O presidente em exercício do Brasil, Geraldo Alckmin, se manifestou nesta quarta-feira, afirmando que a amizade e a “boa química” entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Donald Trump, dos Estados Unidos, podem ser elementos cruciais para a resolução das altas tarifas impostas às exportações brasileiras. Essas taxas, que podem alcançar até 50%, foram caracterizadas por Alckmin como um “tarifaço” injustificável. Ele fez a declaração durante um evento relacionado ao mercado de capitais, realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na capital fluminense.

Alckmin enfatizou a importância do diálogo e das relações internacionais saudáveis, mencionando um encontro recente entre os dois líderes na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Durante essa ocasião, Trump expressou sua simpatia por Lula, referindo-se a ele como um “homem muito agradável” e evidenciando uma “química excelente” entre ambos, o que pode facilitar futuras negociações. Um encontro bilateral entre os presidentes está em pauta para a próxima semana, embora não esteja claro se será realizado pessoalmente ou por meio de uma chamada.

O tarifaço, implementado em agosto, é visto por Alckmin como desproporcional, já que o Brasil possui uma tarifa média de importação de apenas 2,7% para produtos dos Estados Unidos, com a maioria dos itens importados não enfrentando taxas. Apesar das tensões comerciais, ele deixou claro que ainda há espaço para conversas sobre tarifas que podem incluir, potencialmente, a redução das taxas sobre o etanol americano.

Entretanto, Trump tem adotado uma postura protecionista, visando proteger a indústria americana e justificar tarifas elevadas sob a alegação de que os EUA estão em desvantagem comercial. O Brasil, junto com outros países, sente os efeitos dessa política protecionista, com o tarifaço impactando um terço de suas exportações para os EUA. Em agosto, as vendas de produtos afetados pela tarifa caíram significativamente, evidenciando o impacto econômico dessas taxas.

A relação entre os dois países é histórica, com 201 anos de laços diplomáticos, o que torna a situação atual ainda mais relevante. A busca por soluções amigáveis e negociações abertas se torna imprescindível para diminuir as divergências comerciais e restaurar o equilíbrio nas trocas bilaterais.

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