O ex-presidente Donald Trump, que almeja ser lembrado como um “pacificador”, considerou a finalização do conflito, o mais letal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, um dos aspectos primordiais de sua política externa. A guerra começou com a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, após anos de hostilidades entre forças ucranianas e separatistas apoiados por Moscou nas regiões de Donetsk e Luhansk.
Keith Kellogg, o enviado especial dos EUA para a Ucrânia, que deixará seu cargo em breve, discorreu sobre o estado atual das negociações durante o Fórum de Defesa Nacional Ronald Reagan, afirmando que os esforços para resolver o conflito estão nos “últimos 10 metros”, uma metáfora que ressalta a dificuldade comum de concluir acordos. Para Kellogg, a resolução de questões territoriais, em especial o futuro da região de Donbas, e a situação da usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, que está sob controle russo, são fundamentais para um avanço significativo.
O Kremlin, por sua vez, enfatizou que as discussões incluíram questões territoriais, que se referem à reivindicação russa sobre Donbas. É importante notar que a Ucrânia ainda mantém o controle sobre uma parte significativa dessa área. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, levantou preocupações de que entregar partes de Donetsk sem um referendo seria ilegal e permitiria à Rússia lançar ofensivas futuras.
Recentemente, um porta-voz do governo russo informou que os Estados Unidos precisam realizar “mudanças sérias e radicais” em suas propostas, embora não tenha especificado quais ajustes são esperados por Moscou. Em uma conversa que Zelenskiy classificou de “substancial” com os enviados de Trump, há uma expectativa crescente sobre o papel de Jared Kushner na formulação de um possível consenso. Com as partes envolvidas nesta complexa negociação, o desfecho da guerra ainda permanece incerto, mas o diálogo e as expectativas de progresso parecem continuar a avançar.









