INTERNACIONAL – Acordo Comercial UE-Mercosul Tem Assinatura Adiada, Mas Presidente da Comissão Acredita em Apoio Suficiente entre Estados Membros para Aprovação.

Na manhã desta sexta-feira, em Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que um número adequado de Estados-Membros da União Europeia (UE) demonstra apoio ao polêmico acordo comercial entre a UE e o Mercosul, o que pode facilitar sua aprovação. O esclarecimento vem em um momento em que a assinatura do tratado, que gerou debates acalorados entre os países-membros, foi adiada para janeiro.

A decisão de postergar a assinatura ocorreu após um pedido por mais tempo levantado pela Itália, que alegou a necessidade de discutir melhor o tema antes de dar seu aval. Esse pedido indicou que não havia um consenso robusto entre os países da UE, levando à conclusão de que um adiamento era necessário. Durante uma conversa com líderes da União Europeia, von der Leyen expressou sua confiança de que, após esse período adicional de discussão, a maioria dos Estados-Membros estará pronta para assinar o acordo.

“Entramos em contato com nossos parceiros do Mercosul e concordamos em adiar um pouco a assinatura”, afirmou von der Leyen, ressaltando a importância do entendimento mútuo entre os blocos. O acordo, que visa promover o comércio e a cooperação econômica entre a UE e os países que compõem o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), tem sido objeto de controvérsias, especialmente em relação às questões ambientais e à proteção dos setores agrícolas europeus.

A expectativa é que, com o tempo extra para diálogos e negociações, as objeções que cercam o acordo possam ser abordadas adequadamente, permitindo assim que a comissão avance para uma fase de implementação do tratado. A presidente se mostrou otimista ao afirmar que, após o adiamento, a perspectiva é de que “existirá uma maioria suficiente para efetivar a proposta”.

Com esse panorama em mente, a questão agora é como os Estados-Membros reagirão ao tempo adicional concedido e se as preocupações levantadas poderão ser suficientemente atendidas para garantir um desfecho favorável para um dos acordos comerciais mais aguardados da última década.

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