INTERNACIONAL – “A última chance de Julian Assange: fundador do WikiLeaks luta contra extradição para os EUA após mais de 13 anos nos tribunais ingleses”



O fundador do polêmico site WikiLeaks, Julian Assange, enfrenta na terça-feira (19) mais um capítulo de sua longa batalha nos tribunais. O destino do ativista de 52 anos fica pendente do veredito que decidirá se ele deve ou não ser extraditado para os Estados Unidos. Desde 2010, Assange trava uma verdadeira guerra judicial com as autoridades dos EUA. Se isso não bastasse, o WikiLeaks, na mesma altura de seu fundador, continua já há 12 anos publicando conteúdos que desagradam os governos ao redor do mundo.

Os Estados Unidos buscam processar Assange por 18 acusações relacionadas à publicação de grandes quantidades de documentos militares e telegramas diplomáticos confidenciais dos EUA. Os promotores argumentam que tais vazamentos puseram em risco a vida de agentes norte-americanos, sem justificativa para tais ações. No entanto, seus apoiadores o enxergam como um herói anti-establishment e um jornalista perseguido por expor as irregularidades dos Estados Unidos.

Do lado de fora da Alta Corte de Londres, uma multidão expressiva se reuniu em ato de apoio a Assange, entoando palavras de ordem contra a extradição. A esposa de Assange, Stella, dirigiu-se ao público: “Temos dois grandes dias pela frente. Não sabemos o que esperar, mas vocês estão aqui porque o mundo está assistindo. Eles precisam saber que não podem se safar dessa. Julian precisa de sua liberdade e todos nós precisamos da verdade.”.

As batalhas legais de Assange começaram em 2010, e em 2019 ele foi preso por violar as condições de fiança. Desde então, Assange está preso em uma prisão de segurança máxima no sudeste de Londres. Agora, enfrenta a última chance de impedir a extradição nos tribunais ingleses. Se seus advogados não conseguirem impedir a extradição, a Corte Europeia de Direitos Humanos é sua ultima esperança.

Julian Assange e o WikiLeaks se tornaram conhecidos em 2010, após a publicação de um vídeo que mostrava um ataque de helicópteros dos EUA em Bagdá, em 2007, que matou 12 pessoas, incluindo duas equipes de reportagem da Reuters. Em seguida, o site divulgou milhares de documentos secretos e telegramas diplomáticos, revelando avaliações altamente críticas dos EUA sobre líderes mundiais. Seja herói ou vilão, o fundador do WikiLeaks é uma figura polêmica e polarizadora. Enquanto seus apoiadores defendem sua liberdade e a exposição da verdade, os Estados Unidos e outros governos o enxergam como uma ameaça à segurança nacional.

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