Durante um briefing sobre a próxima viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para África do Sul, Angola e São Tome e Príncipe, o secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, Eduardo Paes Saboia, revelou esse dado nesta quarta-feira (16).
Lula participará da 15ª Cúpula do Brics em Joanesburgo, África do Sul, nos dias 22 a 24 de agosto. Em seguida, ele seguirá para Angola nos dias 25 e 26, e, no dia 27, visitará São Tomé e Príncipe, onde estará presente na 14ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
De acordo com Saboia, a cúpula do Brics irá reunir 40 líderes de governo ou de Estado de países africanos, asiáticos, latino-americanos e do Oriente Médio. Todos já confirmaram presença, exceto o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que participará virtualmente.
Durante o encontro, um dos principais temas de discussão será a adesão de novos membros ao grupo. Serão analisados os critérios e princípios a serem adotados para a entrada de novos países no Brics. Segundo Saboia, esse assunto está sendo debatido desde 2011, quando se percebeu a necessidade de estabelecer regras para a interação com nações de fora do bloco.
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia será discutida internamente durante um encontro reservado dos líderes do Brics. Outra pauta importante será o uso de moedas locais ou uma possível unidade de referência do Brics para transações comerciais.
Saboia também ressaltou a importância da viagem de Lula a Angola, destacando a parceria estratégica entre os dois países. Estão previstos encontros com o presidente angolano, João Lourenço, assim como com empresários brasileiros e angolanos. Serão assinados atos e memorandos nas áreas de agricultura, processamento de dados, saúde e educação.
Em São Tomé, durante a conferência da CPLP, Lula participará de discussões com os líderes dos países membros do grupo. Saboia destacou o apoio mútuo que essas nações costumam dar em fóruns internacionais de tomada de decisões.
A cúpula do Brics e a viagem de Lula para África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe são vistas como oportunidades para fortalecer relações bilaterais e discutir temas de interesse comum entre os países envolvidos.
