O Palácio do Planalto divulgou uma nota afirmando que a transferência para Rafah proporcionaria uma noite mais tranquila para os brasileiros, já que a casa alugada pelo governo fica a uma curta distância da fronteira com o Egito. Embora Khan Yunis, cidade onde estavam outros 12 brasileiros, tenha sido alvo de ataques israelenses no sábado, eles permanecerão lá.
Segundo o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, os dois grupos estão separados por cerca de 13 quilômetros, mas assim que a fronteira abrir, os dois grupos passarão juntos. Ao todo, são 14 crianças, oito mulheres adultas e seis homens aguardando a oportunidade de voltar ao Brasil. Uma aeronave da Presidência da República está estacionada em Roma, na Itália, pronta para seguir viagem para o Egito assim que autorizada.
Até o momento, o governo brasileiro já resgatou 701 brasileiros e seus familiares em quatro voos da Força Aérea Brasileira (FAB). O quinto avião da Operação Voltando em Paz partiu de Tel Aviv, trazendo mais 215 pessoas, incluindo nove bebês. A previsão é que a aeronave chegue no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, no início da madrugada de domingo.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, serão necessários pelo menos 15 voos para repatriar todos os brasileiros que solicitaram ajuda para deixar a região de conflito. Mais de 2,7 mil cidadãos brasileiros atualizaram seus dados pessoais através do formulário disponibilizado pela embaixada brasileira em Tel Aviv, mas nem todos manifestaram a intenção de sair da região neste momento. Além disso, alguns fizeram o registro mais de uma vez, dificultando uma contagem precisa.
O diretor do Departamento Consular do Itamaraty, Aloysio Mares Dias Gomide Filho, afirmou que alguns cidadãos estão se inscrevendo mais de duas vezes, o que está sendo revisado pelo Itamaraty. Ele ressaltou que os brasileiros que já foram repatriados responderam ao formulário.
A situação ainda é tensa na região, com os ataques israelenses a Gaza continuando. O governo brasileiro segue negociando com as autoridades egípcias para possibilitar a entrada dos brasileiros no Egito e garantir seu retorno ao Brasil. É importante ressaltar que, até o momento, não foram divulgadas informações sobre a fonte do texto.
