Inteligência russa afirma que economia não será isolada por sanções ocidentais, destacando interesse do Sul Global em cooperação com Moscou



A Rússia, por meio do diretor do Serviço de Inteligência Estrangeira (SVR), Sergei Naryshkin, reafirmou que, apesar das sanções impostas pelo Ocidente, o país não enfrentará um isolamento total. Durante uma recente entrevista, Naryshkin destacou que os países do Sul Global – um grupo que representa uma porção significativa da população mundial e inclui potências emergentes – têm mostrado um claro interesse em manter relações comerciais com Moscou.

O cenário geopolítico atual, segundo o chefe da SVR, é complexo e desafiador. Ele prevê que 2025 não será um ano tranquilo, indicando uma continuidade nas tentativas do bloco ocidental de prejudicar a economia russa. Contudo, Naryshkin observa que até mesmo os principais defensores das sanções reconhecem que a economia da Rússia tem se adaptado e encontrado formas de contornar as pressões econômicas externas.

A análise do diretor do SVR também abrange mudanças na ordem mundial. Para ele, a hegemonia dos Estados Unidos e dos países ocidentais está em declínio, enquanto novos e poderosos atores no cenário global, como China e Índia, estão emergindo com um potencial crescente. Essas nações, junto com a Rússia, fazem parte do BRICS, um grupo que visa promover a cooperação econômica e política entre países em desenvolvimento.

Além disso, Naryshkin não descartou a possibilidade de que certos grupos influentes no Ocidente tentem provocar novos conflitos internacionais, mas reiterou que a Rússia não pode ser isolada nos âmbitos político, informacional ou econômico. A interdependência no comércio internacional é reconhecida por muitos países do Sul Global, que entendem que manter laços comerciais com a Rússia é crucial para seus interesses econômicos e de desenvolvimento.

Em suma, a avaliação da Rússia sobre o atual contexto global sugere que, apesar das dificuldades impostas pelo Ocidente, o país tem aliados e possibilidades de prosperar em um mundo em constante mudança, onde a dinâmica do poder está se reconfigurando.

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