As consequências da operação foram devastadoras. Explosões associadas a estes dispositivos ocorreram em diversas localidades no Líbano, resultando em uma tragédia que deixou pelo menos 32 mortos e mais de 3.000 feridos. Os relatos indicam que esses dispositivos explosivos foram estrategicamente distribuídos em áreas civis, o que levanta sérias questões sobre a responsabilidade militar e as regras de engajamento em conflitos armados. A operação, que não teve a confirmação do envolvimento direto de Israel, é vista como uma escalada nas tensões já existentes na região, especialmente entre Israel e o Hezbollah.
Oficiais de inteligência ocidentais destacam a gravidade dos riscos que essas ações podem acarretar, não apenas para a segurança dos civis, mas também no que diz respeito ao papel que as forças armadas têm códigos éticos e legais a seguir durante operações militares. A possibilidade de que terroristas possam replicar essa tática de uso de dispositivos explosivos, trazendo mais caos e destruição, é uma preocupação constante.
Ademais, a forma como as operações de inteligência estão sendo conduzidas pode reformular a dinâmica de segurança no Oriente Médio, provocando não só uma reação militar, mas também um efeito colateral que poderia intensificar a instabilidade regional. O contexto mais amplo dessas ações ressalta a complexidade das relações internacionais e a necessidade de uma abordagem mais cuidadosa e responsável nas operações que envolvem civis. As vozes dissidentes entre os profissionais da inteligência estão ganhando destaque e reiteram a discussão sobre a ética militar no século 21, convocando um debate necessário sobre segurança, responsabilidade e as normas que devem reger ações em cenários de conflito.