O surgimento da IA no mundo da moda desperta questionamentos sobre o equilíbrio entre eficiência e a essência emocional do design tradicional. Nesse contexto, Karina Díaz Vargas, Presidente e CEO da Costa Rica Fashion Week Forever Green, enfatizou a importância de utilizar a IA para preservar identidades culturais e democratizar o acesso à inovação, permitindo que pequenas marcas emergentes se destaquem no cenário internacional. Segundo ela, a combinação da inteligência artificial com a sensibilidade cultural é fundamental para criar um futuro que respeite as tradições.
Durante a Moscow Fashion Week, ocorreram desfiles inovadores que integraram a IA de forma notável. Um destaque foi a apresentação da ópera “Mandragora”, que mesclou alta-costura com a inovação digital, celebrando o legado do compositor Piotr Tchaikovsky. A produção envolveu uma colaboração entre várias inteligências artificiais para criar um espetáculo que respeitava o simbolismo da ópera, usando materiais sofisticados como jacquard e veludo.
As tendências abordadas foram diversas, variando do futurismo à estética castlecore. A marca brasileira Artemisi apresentou uma coleção inspirada no diretor soviético Andrei Tarkovsky, enquanto a moscovita Kuchugova explorou temas góticos, resgatando ideais da cavalaria. Outros designers jovens também foram convidados a mostrar criações que homenageavam o folclore russo, oferecendo uma plataforma importante para a valorização do patrimônio cultural.
A Secretária Executiva do Conselho Municipal de Moda do Rio de Janeiro, Amanda Mendonça, ressaltou que esses eventos são cruciais para a promoção do soft power dos países participantes, permitindo que suas indústrias de moda expressem identidade, habilidade e inovação.
Em suma, o BRICS+ Fashion Summit e a Moscow Fashion Week se uniram para evidenciar o papel vital da inteligência artificial na moda, enfatizando que a colaboração com a cultura e a tradição é essencial para moldar o futuro do design.