Segundo fontes próximas a Nunes, alguns filiados ao PL, partido do candidato, estão insatisfeitos com a postura de Nikolas, já que ele mesmo não segue à risca seu pedido de não votar em candidatos do PSD. Um exemplo disso é o apoio de Ferreira ao pessedista Tiago Amaral em Londrina (PR).
Em um vídeo que irritou Nunes, Nikolas Ferreira afirmou que existem exceções, citando o caso do candidato a prefeito de Londrina, alinhado com os valores conservadores. No entanto, ameaçou fazer campanha contra Ricardo Nunes caso Kassab não oriente seus senadores a apoiarem o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Outro deputado, Gustavo Gayer (PL-GO), também passou a pressionar publicamente Ricardo Nunes, ameaçando o impeachment. Apesar de não serem de São Paulo, os parlamentares têm influência sobre a base bolsonarista na capital.
A situação é peculiar, uma vez que o PSD de Kassab tem secretários na gestão de Nunes e também no governo estadual. Além disso, a sigla tem três ministérios no governo do presidente Lula. A tentativa de forçar uma ruptura é vista como arriscada pelo PL.
Em contrapartida, uma pesquisa do Instituto Atlas Intel revelou que o deputado federal Guilherme Boulos lidera as intenções de voto em São Paulo, com Pablo Marçal e Ricardo Nunes empatados em segundo lugar. Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB) vêm logo atrás, empatados tecnicamente. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O Atlas Intel ouviu 2.218 eleitores por meio de recrutamento digital entre os dias 17 e 22 de setembro, com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o Protocolo SP-03546/2024. A disputa eleitoral na capital paulista promete ser acirrada, com reviravoltas inesperadas e alianças políticas instáveis.