Juristas, acadêmicos e militantes, especialmente do movimento negro, que compõem o Instituto, argumentam que há uma suposta conspiração e uma luta pelo poder por trás das acusações. Em uma publicação nas redes sociais, afirmam: “Não sejam ingênuos. Não haverá apuração. O silêncio não se apura. A trama é pra cortar a cabeça de um negro. No dia seguinte tudo vai desaparecer. Não é luta pela verdade. É luta pelo poder”.
Diante da gravidade das acusações, o ex-presidente Lula defende que Silvio Almeida renuncie ao cargo e se defenda fora da esfera do governo, a fim de não comprometer a política de direitos humanos nem transformar a crise em uma questão exclusivamente ministerial. Lula indicou em entrevista a uma rádio: “Vamos ter que apurar corretamente, mas acho que não é possível a continuidade [do ministro] no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso com alguém que seja acusado de assédio”.
O ex-presidente está reunido nesta tarde com autoridades como o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, no Palácio da Alvorada para discutir as acusações contra Silvio Almeida e possíveis desdobramentos.