Instituições voltadas à pessoa com deficiência agora têm permissão para acessar dados sobre nascimentos no País, decidido pela comissão.

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que permite ao Ministério da Saúde compartilhar os dados da Declaração de Nascido Vivo (DNV) com entidades que trabalham com pessoas com deficiência. Essa proposta altera a Lei 12.662/12, que regula esse documento.

O texto aprovado foi o substitutivo da relatora, deputada Andreia Siqueira (MDB-PA), que consolidou o conteúdo do Projeto de Lei 1462/23, do deputado Duarte Jr. (PSB-MA), e do PL 1618/23, que estavam apensados ao projeto.

A relatora defende que as entidades que atuam na defesa dos direitos das pessoas com deficiência possuem conhecimento especializado sobre as necessidades e desafios desse grupo populacional, e poderão utilizar os dados da DNV para embasar suas ações.

A DNV é um documento fundamental para o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e é utilizado para fins estatísticos e jurídicos. Além de ser necessário para a emissão da certidão de nascimento pelos cartórios de Registro Civil, também é a base para a produção de estatísticas vitais e epidemiológicas do país.

Segundo a proposta aprovada, somente instituições e associações qualificadas como organizações sociais ou organizações da sociedade civil de interesse público poderão ter acesso aos dados compartilhados. Também é previsto o respeito às normas do Ministério da Saúde sobre informações que exigem confidencialidade.

Os dados serão utilizados para o desenvolvimento, avaliação e monitoramento de políticas públicas voltadas para pessoas com deficiência, inclusive no planejamento da rede de atenção à saúde dos pacientes com anomalias ou más-formações congênitas, em todos os níveis de complexidade.

A ideia é evitar diagnósticos tardios e desconhecimento prévio dos nascidos com deficiência, garantindo assim sua identificação e atendimento precoce, facilitando ações para estimulação rápida e maior oportunidade de desenvolvimento futuro.

A proposta segue em tramitação e ainda será analisada pelas comissões de Saúde; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. O processo segue em caráter conclusivo, podendo ser finalizado nas comissões designadas para analisar o projeto, a não ser que haja uma decisão divergente entre elas ou se houver um recurso assinado por 52 deputados para que a matéria seja apreciada no Plenário.

É importante destacar que a fonte desta informação não será citada, conforme as diretrizes deste exercício.

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