Inserção de DIUs nas UBSs do SUS duplica em um ano, alcançando 164 mil procedimentos em 2023; enfermeiros têm papel fundamental.

O comparativo de inserção de Dispositivos Intrauterinos (DIUs) nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) foi divulgado no final de agosto e revelou um aumento significativo, passando de 30 mil para 60 mil em apenas um ano. Esse crescimento expressivo pode ser atribuído à decisão do Ministério da Saúde que autorizou enfermeiros qualificados a realizarem o procedimento, desde que capacitados para a inserção de métodos contraceptivos e com a formalização de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Antes da emissão da nota técnica do Ministério da Saúde, o Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren-AL) já se destacava por apoiar os profissionais da área ginecológica. A parceria com a Comissão Nacional de Saúde da Mulher resultou na criação do Projeto de Consulta de Enfermagem Ginecológica, em 2019, com o objetivo de capacitar enfermeiros para a inserção do DIU no SUS. Esse projeto se tornou referência e começou a ser replicado em outros estados, promovendo a qualificação dos profissionais de saúde para um atendimento ginecológico mais eficaz.

Em Alagoas, o foco foi a interiorização do projeto, beneficiando 22 municípios do estado até maio deste ano, com mais de 900 DIUs inseridos por enfermeiros. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió implementou o programa “Saúde da Gente”, que oferece atendimento clínico e especializado gratuito em diversos bairros da cidade, incluindo a implantação do DIU, com 82 procedimentos realizados em 2024.

O projeto Planejamento Reprodutivo, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde, tem como objetivo fortalecer o planejamento reprodutivo, orientando sobre métodos contraceptivos e capacitando profissionais nos municípios para a inserção do DIU. Com um total de 164 mil inserções em 2023 em toda a rede do SUS, o aumento no acesso ao DIU demonstra um avanço significativo na saúde reprodutiva no país.

Portanto, a parceria entre os órgãos de saúde e a capacitação dos profissionais têm sido fundamentais para ampliar o acesso e a oferta de métodos contraceptivos, contribuindo para a promoção da saúde reprodutiva e preventiva da população.

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