INQUÉRITO REABERTO – Bolsonaro vira alvo de novas investigações no STF Alexandre de Moraes Reabre Inquérito Sobre Interferência de Bolsonaro na PF a Pedido da PGR

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a reabertura do inquérito sobre a suposta interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF). A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pretende cruzar informações desta investigação com outras relacionadas a ataques ao sistema eleitoral e práticas antidemocráticas.

O inquérito, originalmente aberto em 2020, teve início após acusações feitas pelo então ministro Sérgio Moro, que denunciou pressões de Bolsonaro para mudar o superintendente da PF no Rio de Janeiro e exonerar Maurício Valeixo, então diretor-geral. Embora a PF tenha concluído na época que não houve crime, levando a PGR a pedir arquivamento, este cenário foi recentemente revertido.

As novas investigações ganham relevância no contexto das condenações de Bolsonaro em outros casos. O ex-presidente já foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e formação de organização criminosa. Além disso, enfrenta múltiplas frentes de apuração, incluindo acusações de ter se apropriado indevidamente de joias de alto valor recebidas do governo da Arábia Saudita.

Além disso, há um inquérito sobre espionagem ilegal durante seu governo, no qual policiais e servidores teriam formado um esquema para invasão de celulares e computadores. A participação ou benefício de Bolsonaro neste esquema está sendo analisada pela PGR.

Outra investigação envolve a participação de Bolsonaro em atos que questionaram o sistema eleitoral, incluindo um vídeo divulgado pouco após as invasões de 8 de janeiro de 2023. O ex-presidente afirmou que o compartilhamento do vídeo foi acidental.

As ações que ainda estão em andamento também investigam declarações de Bolsonaro sobre a vacina contra a COVID-19, associada sem provas ao risco de AIDS, e a divulgação de dados sigilosos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A PGR pediu o arquivamento de alguns dos casos, mas o ministro Moraes optou por mantê-los abertos, destacando a gravidade das alegações.

Recentemente, o ministro Flávio Dino autorizou ainda investigações sobre as conclusões da CPI da COVID-19, que recomendou o indiciamento de Bolsonaro por crimes relacionados à gestão da pandemia. O cenário jurídico para o ex-presidente segue complexo, com diferentes investigações se desenrolando paralelamente.

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