Os promotores afirmam que os policiais da Rota Glauco Costa e Diogo Souza Maia teriam tapado as câmeras corporais acopladas às fardas, disparado de dentro para fora do carro da vítima e plantado armas no veículo. Por outro lado, o relatório da PM descreve as imagens de forma protocolar, destacando a chegada da viatura, o corpo da vítima caído e a ambulância para o resgate.
Segundo o relatório do inquérito policial militar, a ação dos PMs estaria respaldada pela legítima defesa, mesmo sendo enquadrada como homicídio. O documento cita as imagens das câmeras corporais acopladas aos policiais, sendo que uma delas teria captado a cena de Diogo Maia forjando disparos de dentro para fora do veículo da vítima.
O relatório menciona também a presença de um fuzil no porta-malas do carro da vítima, que segundo a denúncia do MPSP, teria sido plantado. Os promotores alegam que os policiais tentaram obstruir as imagens das câmeras corporais, com momentos em que tapam as lentes e se movimentam para não serem filmados.
Diante dessas contradições, o caso foi encaminhado para a Justiça Comum e será submetido ao Tribunal do Júri. As investigações continuam em andamento e aguarda-se por mais desdobramentos nesse caso intrigante que envolve a morte de Allan de Morais e a atuação dos policiais militares da Rota. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) ainda não se manifestou sobre o assunto.