Inquérito policial interno da PM de SP conclui que policiais agiram em legítima defesa na morte do “Príncipe” do PCC em Santos.

Recentemente, um inquérito interno da Polícia Militar (PM) de São Paulo concluiu que os agentes envolvidos na ocorrência que resultou na morte de Allan de Morais, conhecido como “Príncipe”, agiram em legítima defesa. A denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo contradiz essa conclusão, alegando que os policiais teriam manipulado a cena do crime para forjar um confronto com a vítima.

Os promotores afirmam que os policiais da Rota Glauco Costa e Diogo Souza Maia teriam tapado as câmeras corporais acopladas às fardas, disparado de dentro para fora do carro da vítima e plantado armas no veículo. Por outro lado, o relatório da PM descreve as imagens de forma protocolar, destacando a chegada da viatura, o corpo da vítima caído e a ambulância para o resgate.

Segundo o relatório do inquérito policial militar, a ação dos PMs estaria respaldada pela legítima defesa, mesmo sendo enquadrada como homicídio. O documento cita as imagens das câmeras corporais acopladas aos policiais, sendo que uma delas teria captado a cena de Diogo Maia forjando disparos de dentro para fora do veículo da vítima.

O relatório menciona também a presença de um fuzil no porta-malas do carro da vítima, que segundo a denúncia do MPSP, teria sido plantado. Os promotores alegam que os policiais tentaram obstruir as imagens das câmeras corporais, com momentos em que tapam as lentes e se movimentam para não serem filmados.

Diante dessas contradições, o caso foi encaminhado para a Justiça Comum e será submetido ao Tribunal do Júri. As investigações continuam em andamento e aguarda-se por mais desdobramentos nesse caso intrigante que envolve a morte de Allan de Morais e a atuação dos policiais militares da Rota. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) ainda não se manifestou sobre o assunto.

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