A prisão aconteceu depois que a Polícia Militar foi chamada para atender a uma ocorrência relacionada à influenciadora. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, Romagaga relatou ter sido vítima de roubo por parte do gerente de um hotel. No entanto, o gerente contestou a versão e afirmou ter sido ameaçado por ela, alegando ainda que a influenciadora teria invadido o estabelecimento, tentando danificar propriedades como uma porta e um computador.
Durante a confusão, Romagaga também teria feito uma transmissão ao vivo, na qual aparecia nua, uma ação que configurou um protesto frente à situação. O boletim de ocorrência indica que, apesar de ter alegado o roubo de seu celular, a influenciadora estava utilizando o aparelho para a transmissão, que acabou sendo apreendido para perícia.
As acusações contra ela vão de desobediência e desacato até ato obsceno, ameaça e invasão. Em virtude da soma das infrações, ela foi autuada em flagrante e encaminhada ao 78º DP, onde permaneceu detida até a audiência de custódia programada para a manhã deste domingo (28).
A defesa de Romagaga, comandada pelo advogado Mateus Navarro Barbosa, adiantou que pretende argumentar a favor de sua liberdade, afirmando que não há razões legais que sustentem a manutenção da prisão. O advogado destacou ainda que medidas seriam adotadas para responsabilizar civicamente agentes envolvidos na ação, alegando abusos de autoridade e possíveis atos de homofobia. Este último ponto é especialmente delicado, dado que a homofobia é equiparada ao racismo pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, tornando-se um crime inafiançável e imprescritível.
A continuidade deste caso e a repercussão nas redes sociais são fatores que devem ser observados, dado o potencial impacto na carreira de Romagaga e no diálogo sobre a representação e os direitos da comunidade LGBTQIA+ no Brasil.
