Influenciadora “Diva do CRAS” perde Bolsa Família após comprar carro e iPhone, mas especialistas apontam que exclusão pode estar relacionada à falta de atualização cadastral.

Recentemente, a influenciadora digital Marianne Silva, amplamente reconhecida nas redes sociais como a “Diva do CRAS”, virou o centro de uma controvérsia ao anunciar que foi excluída do programa Bolsa Família. O motivo da sua saída, segundo ela, estaria relacionado à compra de um carro novo e um iPhone 17.

Em um vídeo que rapidamente se espalhou pela internet, Marianne revelou que adquiriu um Jeep zero quilômetro, cujo valor estimado varia entre R$ 120 mil e R$ 150 mil. A influenciadora mencionou que planejava utilizar uma parte do benefício do Bolsa Família para arcar com algumas das 86 parcelas do automóvel. Essa declaração gerou uma onda de reações nas redes sociais, levantando discussões sobre a responsabilidade e a ética envolvendo o recebimento de assistências sociais enquanto se faz aquisições de alto valor.

Entretanto, especialistas em assistência social explicam que a simples aquisição de um carro não resulta automaticamente na suspensão de benefícios como o Bolsa Família. A exclusão do programa ocorre principalmente quando o beneficiário não atualiza sua situação cadastral, especialmente no que diz respeito a alterações na renda familiar ou na condição financeira. Isso significa que o que realmente pode levar à perda do benefício é a falta de transparência nas informações fornecidas ao sistema de assistência.

O caso de Marianne Silva, portanto, levanta questões importantes sobre as regras que regem programas de assistência social no Brasil e como as informações são reportadas. A situação também destaca a necessidade de uma comunicação mais clara sobre os critérios que podem levar à destituição de benefícios, além da importância de que os beneficiários estejam cientes de suas obrigações em relação à atualização de seus dados. Nas redes sociais, a discussão continua fervorosa, com vários seguidores defendendo Marianne e outros questionando a legitimidade de continuar recebendo auxílio em meio a compras consideradas luxuosas. A controvérsia parece estar longe de se encerrar, refletindo entraves maiores na percepção pública sobre programas assistenciais e a realidade econômica de muitos brasileiros.

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