Com uma audiência de 36 mil seguidores, a autoproclamada “mulher de JHC” não mede esforços para enaltecer o prefeito. Em vídeos e postagens cheias de entusiasmo, ela faz questão de mostrar cada nova iniciativa da gestão de JHC, referindo-se a ele sempre como “meu marido”. Esse título de “primeira-dama das redes sociais” confere um caráter quase cômico à situação, mas ao mesmo tempo revela uma estratégia de comunicação política que está se tornando cada vez mais frequente.
É de conhecimento público que JHC contratou indiretamente, por meio de uma empresa de publicidade, diversos influenciadores de Maceió para promover sua administração. Não se sabe se esses contratos ainda estão em vigor, mas as “publicidades” em torno de sua gestão persistem, levantando sérias questões sobre ética, transparência na administração pública e possíveis violações da justiça eleitoral.
As críticas a essa abordagem não demoraram a surgir. Muitos observadores apontam que a propaganda excessiva nas redes sociais pode obscurecer os problemas reais enfrentados pela cidade. Enquanto a “mulher de JHC” exalta melhorias em uma avenida no Benedito Bentes, a população se questiona sobre outras áreas menos favorecidas e pondera sobre a real eficácia das ações da prefeitura.
Esse cenário leva à reflexão sobre o papel dos eleitores em discernir entre entretenimento e informação séria e responsável. Com a popularidade de influenciadores digitais em alta, é fundamental que o público esteja atento às estratégias de marketing digital que podem iludir a percepção da realidade administrativa.
Portanto, a “mulher de JHC” continua sua saga como a “primeira dama” das redes sociais, promovendo as obras e ações do prefeito JHC. Resta saber se essa tática de marketing será suficiente para manter a popularidade do prefeito elevada, ou se, eventualmente, a realidade enfrentada por seus seguidores se sobreporá às narrativas idealizadas disseminadas online.