Inflação mensal da Venezuela atinge menor patamar em doze anos antes das eleições presidenciais, impulsionando o presidente Nicolás Maduro.

A Venezuela apresentou uma desaceleração na inflação mensal, atingindo o menor índice em doze anos, com apenas 1% registrado no mês de junho. Esse fenômeno está diretamente relacionado ao aumento das vendas de dólares locais pelo governo, que busca impulsionar a economia antes das eleições presidenciais.

Os dados divulgados pelo banco central apontam que os preços ao consumidor passaram de 1,5% em maio para 1% em junho, representando o menor aumento desde julho de 2012. Após um período de hiperinflação que assolou o país e chegou a níveis alarmantes, próximos de 2 milhões por cento ao ano, o presidente Nicolás Maduro adotou uma estratégia que combina restrições monetárias e fiscais mais rígidas, ao mesmo tempo em que permite o livre fluxo do dólar americano.

Esses resultados podem beneficiar o presidente Maduro em sua busca por um terceiro mandato consecutivo, estendendo ainda mais seus 11 anos no poder, visto que a eleição está programada para o dia 28 de julho. O banco central aumentou significativamente as vendas de dólares no mês de junho, alcançando US$ 441 milhões, totalizando um montante de US$ 2 bilhões no primeiro semestre do ano, de acordo com a empresa de consultoria Síntesis Financiera, com sede em Caracas.

Além disso, as joint ventures da Petróleos de Venezuela com as principais empresas internacionais de petróleo, lideradas pela Chevron, também contribuíram para o aumento das vendas de dólares no mercado. A Síntesis Financiera destacou que essas empresas ampliaram suas operações sem violar as sanções contra o petróleo impostas pelos Estados Unidos, o que resultou em um aumento “substancial” nas vendas de dólares para a economia venezuelana.

Portanto, a desaceleração da inflação e o aumento das vendas de dólares parecem trazer um alívio econômico para a Venezuela em meio a um cenário político conturbado.

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