No acumulado de 2024, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 4,83%, sendo que a alimentação foi o item que mais contribuiu para essa alta, com 7,69%. A meta da inflação para o ano era de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual. O Brasil registrou deflação apenas em agosto, quando o IPCA recuou -0,02%.
De acordo com o Ipea, a inflação não cresceu apenas para as famílias com renda alta, apresentando um recuo de 0,66% em novembro para 0,55% em dezembro. As famílias de renda baixa foram as mais afetadas, com uma alta inflacionária de 5% no período, enquanto as famílias mais ricas tiveram a menor elevação, de 4,4%.
A pesquisa também mostrou que a inflação acelerou para as primeiras quatro faixas de renda (muito baixa, baixa, média-baixa e média) na comparação entre 2024 e 2023, enquanto desacelerou para as faixas de renda média-alta e alta.
O impacto da alta dos alimentos no domicílio foi mais sentido pelas classes mais baixas devido ao maior peso desse gasto no orçamento dessas famílias. Já a pressão exercida pelos Transportes foi mais intensa para as famílias com renda alta.
Em resumo, as altas nos grupos Alimentos e Bebidas, Saúde e Cuidados Pessoais e Transportes foram os principais responsáveis pelas pressões inflacionárias nos últimos 12 meses, com aumentos significativos em itens essenciais das famílias, como arroz, carnes, óleo de soja, serviços de saúde e tarifas de transporte, impactando diretamente o bolso dos consumidores em diversas faixas de renda.