Dentro do mesmo horizonte temporal, a projeção para o IPCA de 2026 permanece em 4,50%, posicionando-se de forma muito próxima ao limite superior da meta estabelecida. Esse cenário se mantém inalterado há três semanas, contrastando com os números do mês anterior, quando a projeção estava em 4,48%.
O Banco Central, por sua vez, espera que a inflação encerre o ano de 2025 em 5,1%, reduzindo para 3,7% em 2026, conforme indicado no último Relatório de Política Monetária (RPM). O controle inflacionário tem sido uma prioridade da autoridade monetária, que já promoveu diversos ajustes na taxa Selic ao longo dos últimos meses, chegando a um patamar de 14,25%. Nesse contexto, o Copom sinaliza a possibilidade de novos aumentos na taxa de juros, ainda que de forma mais moderada.
É necessário destacar que, a partir deste ano, a meta de inflação passa a ser contínua, levando em consideração o IPCA acumulado em 12 meses. Com um centro estabelecido em 3%, e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, o Banco Central busca manter a estabilidade dos preços. Desvios persistentes desse intervalo podem indicar a necessidade de ajustes na política monetária.
Por fim, as projeções para os anos seguintes também são acompanhadas de perto pelos analistas. No caso do IPCA de 2027, a mediana se mantém em 4,0% há oito semanas consecutivas. Já a projeção para 2028 teve um leve aumento, passando de 3,78% para 3,79%, em relação ao mês anterior. Esses números refletem a expectativa do mercado em relação à evolução da economia nos próximos anos, considerando diversos fatores que podem influenciar a trajetória da inflação.