INFANTICÍDIO: Bebê Morta em Vaso Sanitário: Mãe é Investigada por Infanticídio sob Influência do Puerpério em Alagoas

Uma tragédia assolou a pacata comunidade de Alto do Cruzeiro, na zona rural de Atalaia, Alagoas, despertando consternação geral. Uma recém-nascida foi encontrada morta num vaso sanitário, envolta em fezes, levando as autoridades a tratar o caso como infanticídio – crime definido pelo ato de matar um recém-nascido durante ou logo após o parto, sob a influência do estado puerperal.

A informação foi divulgada pelo delegado Gustavo Pires, que está à frente da investigação que abalou o município. Segundo ele, os indícios apontam claramente para infanticídio. O Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a bebê morreu devido a afogamento, após ser deixada no vaso sanitário. Conforme estipulado pelo artigo 123 do Código Penal, o infanticídio é passível de pena de dois a seis anos de prisão, sendo reduzida quando praticado pela mãe sob o estado puerperal.

Ainda no início das investigações, a Polícia Civil tenta localizar os familiares da mãe e deve colher depoimentos de vizinhos e testemunhas. O depoimento da mãe, de 28 anos, é esperado para esta semana. Até o momento, uma testemunha já foi ouvida pela polícia.

Os eventos ocorreram na madrugada de um dia fatídico, quando a mulher deu à luz enquanto usava o vaso sanitário. A mãe, que é conhecida por ser alcoólatra e paciente psiquiátrica, não conseguiu evitar a tragédia que resultou na morte de sua filha recém-nascida. Segundo a assessoria de comunicação da cidade, o histórico médico e o comportamento da mãe são fatores cruciais na investigação.

O exame do IML, realizado no dia seguinte ao ocorrido, concluiu que a bebê morreu por asfixia por afogamento, mostrando a presença de água misturada com fezes líquidas nas vias aéreas e no estômago.

Uma vizinha relatou que a mulher tinha acompanhamento pré-natal em um posto de saúde local e aguardava a chegada da bebê. No entanto, o consumo frequente de álcool e problemas de saúde mental caracterizavam o dia-a-dia da mãe, que tem outras duas filhas, de 8 e 9 anos, ambas sob cuidados de parentes.

À medida que as autoridades avançam nas investigações, a pequena comunidade de Alto do Cruzeiro se encontra imersa em tristeza e busca entender os aspectos trágicos deste infanticídio que interrompeu brutalmente a vida de uma recém-nascida.

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