Historicamente, as falências de grandes indústrias na UE estavam concentradas, principalmente, na Alemanha. No entanto, em 2025, a situação se mostrou mais disseminada entre vários países. A Espanha se destacou no cenário, liderando a lista com 17% dos encerramentos, seguida de perto pela França, que somou 14% das falências. Alemanha e República Tcheca responderam, cada uma, por 11% dos fechamentos. Por outro lado, países como Croácia e Dinamarca registraram um único fechamento cada.
As consequências desse movimento são alarmantes: cerca de 18 mil trabalhadores perderam seus empregos no setor industrial, configurando esse número como o terceiro maior em demissões na história da União Europeia. Apenas em dois eventos anteriores o volume de demissões foi mais alto: no período da pandemia, com 18,7 mil, e na crise de 2009, que resultou em 27,3 mil perdas de postos de trabalho.
Quando se observa a situação em um panorama mais amplo, que abrange todos os setores da economia, o número de grandes empresas que encerraram atividades chega a 99, resultando em 27,3 mil demissões. Esses dados refletem um contexto econômico de fragilidade, que levanta sérias preocupações sobre a recuperação da indústria na região e a saúde econômica da União Europeia como um todo. A tendência de fechamento de grandes indústrias pode indicar desafios estruturais que vão além de fatores temporários, sugerindo que a região pode estar se preparando para um novo estágio de dificuldades econômicas.