Nos últimos dez anos, o setor de defesa vivenciou um crescimento acentuado, com o valor dos investimentos em capital de risco aumentando 18 vezes. Essa expansão é reflexo da convergência entre as indústrias comercial e de defesa, a qual tem aberto novas oportunidade para a implementação de tecnologias emergentes. A atuação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na guerra na Ucrânia parece ter revitalizado o otimismo em torno de novos contratos e inovações, apesar de questões éticas que eram, anteriormente, uma preocupação em diversos governos europeus.
Um dos desenvolvimentos mais notáveis inclui a aquisição da Ball Aerospace pela BAE Systems, uma transação avaliada em US$ 5,6 bilhões. Este movimento destaca uma tendência no setor, onde empresas buscam não apenas consolidar operações, mas também expandir seus portfólios com capacidades inovadoras em áreas estratégicas. No entanto, a situação na Europa sugere um caminho diferente, focando em joint ventures e colaborações em vez de grandes aquisições, o que poderá redefinir o cenário da concorrência no mercado europeu.
A modernização do setor de defesa emergiu como um tema central em 2024, evidenciando a necessidade de que o capital privado desempenhe um papel mais significativo, especialmente em um ambiente onde os governos enfrentam desafios relacionados à inflação e instabilidade política. Esta modernização é vista como uma oportunidade para preencher lacunas de financiamento e remodelar cadeias de produção, aspectos cruciais para garantir a competitividade e a eficácia operacional das forças armadas em um mundo em constante transformação.