Diante da importância do contato, a Funai ativou seu plano de contingência, que envolve a Frente de Proteção Etnoambiental (FPE) Madeira Purus, a Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC) e a Secretaria de Saúde Indígena (SESAI). O objetivo é garantir a segurança e o monitoramento do indígena que fez o contato, além de prevenir a introdução de doenças que podem ser devastadoras para comunidades que não possuem imunidade a elas. A Funai informou que uma equipe já está em campo acompanhando a situação e preparando a chegada de profissionais de saúde especializados.
A área de Mamoriá Grande, que foi oficialmente reconhecida como lar de povos indígenas isolados em 2021, enfrenta várias pressões, incluindo a especulação fundiária e conflitos com moradores da Reserva Extrativista Médio Purus. Para mitigar esses riscos, foi publicada em dezembro de 2024 uma portaria que restringe o uso das terras, visando proteger esses grupos vulneráveis. A implementação de duas Bases de Proteção Etnoambiental na região é parte dos esforços da Funai para monitorar e preservar o território desses povos.
A interdição da área é uma medida essencial para salvaguardar a vida e os direitos dos indígenas isolados, que permanecem extremamente suscetíveis a influências externas. O respaldo legal para essa ação é garantido pelo artigo 231 da Constituição Federal e pelo Decreto nº 1.775/96, que visam proteger os povos indígenas do Brasil. A Funai continua a enfatizar a urgência de proteger esses grupos, que são peças chave da riqueza cultural e biodiversidade da Amazônia.