Indicado à presidência do Banco Central é aprovado na CAE do Senado com unanimidade de votos e espera aprovação no plenário.



O indicado à presidência do Banco Central, Galípolo, teve sua aprovação pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na última terça-feira, com unanimidade dos 26 votos. O profissional, conhecido por sua articulação e boas relações, agora aguarda a aprovação no plenário do Senado, o que deve ocorrer ainda na tarde do mesmo dia. Ele está previsto para assumir o cargo em janeiro do próximo ano. A sabatina que resultou na aprovação durou cerca de cinco horas.

Galípolo, apesar de ser considerado um nome forte para o cargo, tem boa relação com a maioria dos parlamentares, tendo dialogado com eles desde sua atuação como número 2 no Ministério da Fazenda. Esta foi a segunda vez que enfrentou o escrutínio do Senado, tendo passado com tranquilidade pela sabatina para a diretoria de Política Monetária do BC no ano passado, cargo que atualmente ocupa.

Caso seja aprovado no plenário, Galípolo substituirá o atual presidente da autarquia, Campos Neto, alvo frequente de críticas do ex-presidente Lula. O mandato de Campos Neto termina em dezembro e essa transição marcará a primeira sucessão na chefia do BC sob a nova lei de autonomia, que prevê mandatos não coincidentes com a presidência da República.

Durante a sabatina, Galípolo destacou o compromisso do presidente Lula com a liberdade na tomada de decisões e enfatizou sua gratidão aos senadores, ao presidente Lula, ao ministro Fernando Haddad, a Campos Neto e aos demais diretores e servidores do BC. Ele reforçou os desafios presentes, como a construção de uma economia mais equânime e o compromisso do BC no combate à inflação.

As perguntas dos senadores giraram em torno da inflação, da autonomia do BC e da condução técnica das decisões, especialmente considerando a proximidade de Galípolo com Lula, que tem críticas aos juros elevados. Outros temas abordados foram as apostas e a gestão das contas públicas pelo governo. Ainda durante a sabatina, Galípolo foi questionado sobre a gestão do mercado de câmbio e as bets, área sobre a qual o BC não regula, mas acompanha de perto para avaliar seu impacto na economia.

Em resumo, a aprovação de Galípolo para a presidência do Banco Central representa um passo importante na transição de poder na instituição, com a expectativa de continuidade do trabalho com foco na estabilidade econômica do país. Com boa receptividade no Senado e apoio do presidente Lula, Galípolo está prestes a assumir um papel fundamental no cenário econômico nacional.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo