Além do valor significativo por danos morais, a decisão judicial também determina que o Estado deverá custear uma pensão mensal para as duas filhas de Vinicius até que elas completem 25 anos. Essa determinação ressalta a gravidade do caso e a responsabilidade que o Estado tem para com os dependentes da vítima. Nesse contexto, o governo de São Paulo ainda se reserva o direito de recorrer da decisão, o que pode prolongar a discussão em torno do caso.
O incidente reacende a polêmica sobre o uso excessivo da força por agentes de segurança pública e a necessidade de responsabilização do Estado em casos de letalidade policial. O processo judicial utilizou provas contundentes, como vídeos e laudos periciais, que demonstraram de forma clara que Vinicius não apresentava qualquer ameaça no momento do ataque. Tais elementos levaram a Justiça a concluir que houve uma violação não apenas do direito à vida, mas também uma prática abusiva por parte dos policiais envolvidos.
Casos como o de Vinicius representam questões mais amplas e complexas que envolvem a atuação das forças de segurança, os direitos humanos e a necessidade urgente de reformulações nas políticas de segurança pública. O desfecho deste caso pode não apenas impactar a vida da família de Vinicius, mas também influenciar a discussão sobre a conduta das forças policiais e a proteção dos cidadãos em situações de abordagem. Em um contexto onde a abordagem policial se tornou um tema sensível, as repercussões deste caso certamente serão observadas com atenção pela sociedade e pelos legisladores.
