Indefinição sobre participação dos atletas russos nos Jogos de Paris-2024 gera expectativa por decisão do COI



A pouco menos de um ano para a realização dos Jogos de Paris-2024, uma grande incógnita paira sobre a participação dos atletas russos na competição. Desde o início da guerra contra a Ucrânia em 2022, o país está banido de disputas internacionais, e em março deste ano, o governo russo sinalizou ao Comitê Olímpico Internacional (COI) a possibilidade dos competidores participarem dos Jogos sob uma “bandeira neutra”. A indefinição persiste, mas nesta sexta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, expressou o desejo de que os atletas russos possam voltar a fazer parte da “família olímpica”.

Em uma coletiva de imprensa, Peskov afirmou aos jornalistas: “Esperamos que a razão triunfe, e que a ideia de ‘Olimpismo’ triunfe”. Ou seja, o porta-voz do Kremlin demonstrou otimismo em relação à participação dos atletas russos nos Jogos. Caso a proposta seja aceita pelo COI, a Rússia poderia enviar seus competidores para participarem da competição sob uma bandeira neutra.

Na semana passada, o presidente do Comitê Olímpico Russo (ROC, na sigla em inglês), Stanislav Pozdniakov, afirmou que o país não boicotaria os Jogos, e que os atletas teriam liberdade para escolher se gostariam de disputar a competição sob a bandeira neutra. No entanto, de acordo com Pozdniakov, o regulamento do COI impõe restrições quanto ao número de competidores que podem ser inscritos.

Na última edição das Olimpíadas, em Tóquio-2021, a Rússia competiu como “ROC”, uma sigla que simbolizava o comitê olímpico e não a delegação nacional. Essa decisão foi tomada em decorrência dos escândalos de doping que vieram à tona durante as Olimpíadas de Inverno em 2014. A punição imposta ao país resultou na exclusão da equipe russa das competições internacionais.

A expectativa agora recai sobre a decisão do COI em relação à participação dos atletas russos nos Jogos de Paris-2024. A bandeira neutra tem sido uma solução adotada em casos de punição a países e tem como objetivo permitir a participação dos atletas sem representar diretamente a nação. Resta aguardar para saber se a “família olímpica” receberá novamente os competidores russos e se a razão prevalecerá em meio a esse impasse.

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