Morita ressaltou que o principal obstáculo não está na escassez de brigadistas, mas sim nas ações humanas que têm contribuído para o aumento significativo dos incêndios. Ele enfatizou que é necessário um esforço constante para controlar as ignições causadas pela população.
O Manejo Integrado do Fogo conta com a colaboração de diversos órgãos federais, como a Coordenação do Centro Integrado do Fogo, a Coordenação de Gestão de Processos Organizacionais, a Divisão de Manutenção em Equipamentos e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
Um dos pontos destacados pelo coordenador foi a importância de proporcionar treinamentos de qualidade aos brigadistas, para que estejam devidamente preparados para enfrentar as situações de combate ao fogo. Morita ressaltou a necessidade de um cuidado especial na seleção e capacitação dos profissionais, pois a eficácia do trabalho está diretamente relacionada à qualificação dos integrantes das equipes.
Recentemente, o Brasil tem sido palco de uma intensa disseminação de fumaça devido aos incêndios florestais, um fenômeno que remete à situação ocorrida em 2020, quando a pluma de fumaça do Pantanal atingiu São Paulo. Morita explicou que diversos fatores, como as frentes frias, têm influenciado a propagação do fogo e da fumaça.
O ano de 2024 tem se mostrado desafiador em termos ambientais, sobretudo devido ao fenômeno climático El Niño, que afetou o regime de chuvas e contribuiu para o déficit hídrico em diversas regiões do país. O desmatamento e as atividades humanas descontroladas também têm sido apontados como causas do aumento dos incêndios.
Em um momento trágico, o brigadista do Ibama Uellinton Lopes perdeu a vida enquanto combatia as chamas em Mato Grosso. Morita lamentou profundamente a perda e destacou a importância de analisar o ocorrido para evitar novas tragédias. Ele ressaltou a necessidade de proporcionar apoio psicológico aos brigadistas, visando garantir sua segurança e bem-estar emocional.
Diante de situações como essa, é essencial aprender com os incidentes e aprimorar as estratégias de combate aos incêndios, além de cuidar da saúde mental e emocional dos profissionais envolvidos. João Paulo Morita encerrou a entrevista reiterando o compromisso com a segurança e o bem-estar dos brigadistas, que enfrentam condições desafiadoras para proteger o meio ambiente e a população.