Incêndio na COP30 em Belém: Zona Azul reaberta e sessões plenárias devem ser finalizadas amanhã, aumentando pressão sobre organizadores e segurança do evento.

A recente Cúpula de Líderes da COP30, realizada em Belém, capital do Pará, passou por uma situação crítica quando um incêndio atingiu a Zona Azul, área central das negociações climáticas. O incidente ocorreu na tarde de ontem e, graças à pronta ação de 56 bombeiros, que utilizaram 244 extintores e mangueiras, o fogo foi controlado em apenas seis minutos. A causa do incêndio está sendo investigada, mas os indícios apontam para um curto-circuito em um micro-ondas.

Após uma inspeção minuciosa pelo Corpo de Bombeiros, as autoridades decidiram reabrir a Zona Azul, embora a área impactada continue isolada até a conclusão do evento. Isso ocorre em um contexto em que as sessões plenárias estão programadas para retomada e devem se encerrar na sexta-feira, dia 21. A nota divulgada pelos organizadores destacou a importância dessas sessões, afirmando que “há um trabalho substancial pela frente” e expressando otimismo de que os delegados retomarão as negociações com determinação.

O incêndio não foi o único desafio enfrentado na COP30. Desde o seu início, a Zona Azul apresentou diversas falhas, incluindo problemas de climatização, ausência de água nos banheiros e goteiras. Essas questões levantaram preocupações ao ponto de a ONU ter enviado uma carta ao governo brasileiro solicitando melhorias urgentes. Em resposta, a Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou que a falta de cumprimento das obrigações contratuais pode levar a sanções contra as empresas responsáveis pela infraestrutura.

O custo estimado para a montagem da Zona Azul foi de R$ 423,5 milhões, com um contrato de R$ 182,6 milhões firmado com a empresa DMDL, dos quais R$ 112,9 milhões já haviam sido pagos. Apesar do alto investimento, a persistência dos problemas evidentes gerou insatisfação tanto entre os participantes do evento quanto entre as partes envolvidas na organização.

Dada a importância das negociações climáticas em curso, os organizadores da COP30 estão sob crescente pressão para garantir que os assuntos abordados sejam tratados com a seriedade e a eficiência necessárias, em um momento crítico para o futuro ambiental do planeta.

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