A Floresta Nacional de Brasília é lar de três nascentes principais, que alimentam os cursos d’água do Ribeirão das Pedras e do Córrego dos Currais, que por sua vez desembocam na bacia do Rio Descoberto, responsável por abastecer 70% do DF. Além disso, a Flona abriga uma biodiversidade excepcional, incluindo onças, antas, veados, tamanduás-bandeira, macacos, tatus e mais de 200 espécies de pássaros.
No entanto, o incêndio colocou em risco essa riqueza natural, ameaçando espécies em extinção como o tatu-canastra, o lobo-guará e a raposa-do-campo. A flora da Floresta Nacional também é diversificada, com espécies nativas do Cerrado e introduzidas, como pinheiros e eucaliptos, destacando-se o palmito Euterpe edulis e o cangalheiro Lamanonia brasiliensis como ameaçados de extinção.
A importância da Flona vai além da conservação ambiental, como ressalta a estudante voluntária Juliana Mendes. Ela destaca o papel crucial da área na preservação do Cerrado, na promoção da biodiversidade, na proteção das nascentes de água e na conscientização da população sobre a necessidade de preservar os recursos naturais.
Apesar dos esforços para combater o incêndio e salvar a fauna local, 45,85% da área da Flona foi afetada pelas chamas, configurando o pior incêndio dos últimos 10 anos. As investigações apontam para uma possível ação criminosa como a causa do incêndio, evidenciando a importância de medidas preventivas e de fiscalização para proteger áreas naturais tão preciosas como a Floresta Nacional de Brasília.