A origem desse embate comercial remonta a fevereiro de 2025, quando o então presidente Donald Trump instaurou uma tarifa de 10% sobre todas as importações da China, elevando essa taxa para 20% no mês seguinte. Essa medida desencadeou uma série de respostas recíprocas, resultando em tarifas que chegaram até a 145% sobre os produtos chineses. Em contrapartida, as tarifas sobre os produtos exportados dos EUA para a China alcançaram 125%. Em um momento de esperança por um alívio, ambas as nações concordaram em reduzir as tarifas a 10% por 90 dias, a partir de meados de maio, mas os EUA mantiveram uma tarifa de 30% sobre as importações chinesas.
Outra faceta dessa dinâmica é o aumento nas exportações americanas para a China, que subiram 44% em junho, passando de US$ 6,55 bilhões em maio para US$ 9,44 bilhões. Apesar da contração nas importações, a balança comercial entre os dois países apresenta nuances complexas.
Ainda em busca de um consenso, Trump expressou a possibilidade de um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, até o fim do ano, desde que ocorra um progresso nas tratativas comerciais. Por sua vez, Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, destacou que, embora a nação americana possa ter vantagens em um confronto comercial, um conflito total traria consequências desastrosas para ambas as economias e, potencialmente, para o mercado global.
Este panorama reflete não apenas a fragilidade das relações comerciais entre os dois gigantes, mas também as repercussões mais amplas de uma disputa que impacta toda a economia global. As políticas protecionistas vêm moldando um novo realismo nas trocas comerciais, e a evolução desse cenário permanece no radar das autoridades e analistas mundiais.