O Implanon é um dispositivo pequeno e flexível, que é inserido sob a pele do braço, através de um procedimento simples que se realiza em consultório médico, normalmente sob anestesia local. Esse implante libera o hormônio etonogestrel, um derivado da progesterona, que tem a função de inibir a ovulação, reduzindo, assim, as chances de gravidez. Uma das suas principais vantagens é a sua eficácia; com uma taxa de falha de apenas 0,05%, o Implanon se destaca como um dos métodos contraceptivos mais seguros disponíveis atualmente, superando a vasectomia e o Dispositivo Intrauterino (DIU) hormonal em termos de confiabilidade.
Embora o Implanon seja considerado um método seguro, existem contraindicações que precisam ser observadas. Mulheres com histórico de câncer de mama, doenças hepáticas severas, sangramento vaginal sem diagnóstico e aquelas que apresentam alergia ao etonogestrel devem evitar seu uso. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão dor, inchaço ou hematomas no local da inserção. Embora raras, infecções também podem ocorrer, geralmente relacionadas a falhas durante o procedimento de inserção.
Com a introdução obrigatória do Implanon nos planos de saúde, espera-se que mulheres em idade fértil tenham acesso facilitado a um controle reprodutivo eficiente. Em caso de negativa por parte das operadoras de saúde, a ANS orienta que a reclamação seja registrada diretamente com a operadora e, se necessário, os usuários podem recorrer aos canais oficiais da agência para resolver a situação.
Além disso, em julho deste ano, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão do Implanon no Sistema Único de Saúde (SUS), com previsão de que a rede pública inicie sua oferta ainda neste ano, ampliando ainda mais as opções de contracepção para a população. Essa mudança representa um passo significativo na promoção da saúde reprodutiva e no empoderamento das mulheres no Brasil.