Os corintianos se reuniram nas proximidades do clube e manifestaram seu descontentamento com gritos de protesto, entoando frases como “não vai ter golpe” e ameaçando invadir e agredir. Para garantir a segurança e evitar tumultos, cerca de 480 policiais militares foram mobilizados na região.
Após o anúncio da suspensão da votação, os conselheiros começaram a deixar o local, sob escolta policial. A decisão foi recebida com comemoração pelos apoiadores de Augusto Melo, que soltaram fogos de artifício em sinal de vitória. O presidente deixou a sede social e se juntou aos torcedores que se reuniram em frente ao portão principal.
A possibilidade de afastamento provisório de Augusto Melo do cargo de presidente movimentou os bastidores do clube. O nome cotado para assumir interinamente a presidência é o de Osmar Stábile, primeiro vice-presidente e opositor do atual mandatário.
Caso o impeachment fosse aprovado pelo Conselho Deliberativo, a decisão ainda precisaria ser validada pelos sócios do clube em uma nova votação. Até o momento, não há uma data definida para um próximo encontro. A votação, que estava inicialmente marcada para a última quinta-feira, foi adiada por questões de segurança.
A recomendação unânime do Conselho de Orientação (Cori) do Corinthians, que incluiu figuras como os ex-presidentes Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves, apontou para a destituição de Augusto Melo devido a supostos indícios de gestão temerária e piora na situação financeira do clube. As demonstrações do segundo trimestre também foram duramente criticadas.
Dessa forma, o cenário político do Corinthians segue cercado de tensão e incertezas, aguardando os desdobramentos dessa polêmica votação. A torcida segue acompanhando de perto, ansiosa por uma definição que pode impactar diretamente os rumos do clube nos próximos meses.