Impactos do Uso Excessivo de Redes Sociais em Crianças e Adolescentes Preocupam Especialistas e Sociedade: Estudo Revela Dados Alarmantes

A nova edição da pesquisa TIC Kids Online Brasil, lançada na última quarta-feira (23/10), trouxe à tona dados preocupantes sobre o uso de plataformas digitais por crianças e adolescentes no Brasil. O estudo revelou que 70% dos usuários de internet entre 9 e 17 anos acessam com frequência elevada o WhatsApp, seguido do YouTube (66%), Instagram (60%) e TikTok (50%), checando as plataformas várias vezes ao dia.

Durante o 9° Simpósio Crianças e Adolescentes na Internet, promovido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), especialistas se reuniram para discutir os impactos do uso excessivo da internet por jovens. O estudo apontou que apenas 30% dos usuários de 9 a 17 anos contam com responsáveis que utilizam recursos para bloquear ou filtrar conteúdos online.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Alana mostrou que 86% dos brasileiros acreditam que os conteúdos acessados por crianças e adolescentes nas redes sociais não são adequados para suas idades. Além disso, o estudo do TIC Kids Online Brasil revelou que 30% dos usuários dessa faixa etária já tiveram contato com desconhecidos na internet e passaram por situações ofensivas.

A coordenadora do CGI.br, Renata Mielli, ressaltou a importância de ações conjuntas para garantir a proteção dos direitos das crianças e adolescentes no ambiente online. Para isso, é fundamental envolver plataformas de redes sociais, governos, sociedade civil, escolas, pais, acadêmicos e influenciadores digitais.

É urgente reforçar a criação de redes de proteção eficazes para esse grupo vulnerável aos riscos do uso excessivo de redes sociais. Escolas, pais e responsáveis desempenham um papel fundamental nesse processo, incentivando o consumo responsável da internet e buscando alternativas de controle parental.

Para alcançar uma proteção efetiva, é essencial ouvir as crianças e adolescentes e incluí-los na elaboração de campanhas e políticas públicas. Cuidar no digital é proteger no real, e é responsabilidade de todos garantir um ambiente online seguro e saudável para as futuras gerações.

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