A avaliação é que, caso a ida de Bolsonaro para a Papuda se concretize, isso poderia acelerar a definição de um possível sucessor. Entre os nomes cogitados como aliados do ex-mandatário estão Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, Michelle Bolsonaro e Flávio Bolsonaro, ambos do PL, além de Ratinho Júnior, do PSD. A expectativa é que Bolsonaro escolha um candidato rapidamente, ao invés de esperar até o meio do próximo ano, como inicialmente planejado.
Ademais, a transferência do ex-presidente levaria a uma mobilização por parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública e dos militares, a fim de evitar protestos e ações de vandalismo semelhantes aos eventos tumultuados de 2023. O governo reconhece a possibilidade de um aumento das tensões políticas, mas também enxerga essa situação como uma oportunidade de reafirmar o compromisso institucional do Brasil.
O Planalto acredita que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para prender Bolsonaro contribuiria para solidificar a imagem do país em termos de maturidade democrática. No entanto, os aliados do ex-presidente já sinalizam que esperam que a corte tome a decisão de enviá-lo para a penalidade na próxima semana.
Esse cenário complexo reflete não apenas os desdobramentos legais, mas também os impactos potenciais na dinâmica política brasileira. O ex-presidente, que já possui uma base consolidada, pode ganhar ainda mais força se for percebido como alvo de perseguição, o que criaria um cenário desafiador para o governo atual e suas tentativas de estabilizar o país em um cenário político conturbado.
