Segundo Marcola, o então diretor do presídio Carandiru, Guilherme Silveira Rodrigues, utilizava sua influência para acalmar os presos, chegando até mesmo a deixá-lo livre na penitenciária para que ele administrasse o local. A relação de amizade entre os dois era tão próxima que Marcola chegou a afirmar que o diretor o tratava como um filho, devido à sua habilidade em manter a paz entre os detentos.
Marcola, em uma suposta conversa com o diretor, manifestou o desejo de ser transferido para outro estado como condição para continuar controlando a massa carcerária. A solicitação foi atendida e ele foi transferido para Ijuí, no Rio Grande do Sul.
O líder do PCC foi condenado a 152 anos de prisão pela Justiça, em decorrência de oito homicídios ocorridos durante uma rebelião no Carandiru. Marcola nega participação nos assassinatos e alega que as rebeliões ocorridas na época não foram uma retaliação à sua transferência, como foi divulgado.
Após a morte de sua esposa, Marcola diz ter assumido o controle da facção, passando a considerar antigos líderes como inimigos. Cesinha foi assassinado em 2006 e Geleião faleceu de Covid-19 em 2021. Desde então, Marcola lidera o PCC, mantendo um esquema empresarial que movimenta bilhões por ano através do tráfico de drogas.
A influência de Marcola no sistema prisional paulista e na facção criminosa é evidente, demonstrando como um único indivíduo pode exercer tanto poder e influência em um ambiente complexo e perigoso como o sistema prisional.